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Estudo de tradução do chinês mandarim simplificado para português brasileiro #1

Neste post, começarei compartilhando meus breves estudos de tradução do chinês (mandarim simplificado) para o português brasileiro. Este texto de hoje foi retirado de um livro popular da China chamado 围城 ( Wéi chéng ) do autor 钱钟书 (Qián zhōng shū).  O título do livro significa “cerco” em português brasileiro. No entanto, a tradução em inglês é ‘Fortress Besieged’, que é semelhante a ‘Fortaleza sitiada’ em português brasileiro. Lembre-se, sou um estudante chinês e a tradução pode conter alguns erros. Estou usando isso para melhorar meu vocabulário e entender novas estruturas de frases. Não sei se existe uma versão em português brasileiro, mas se houver, não estou baseando minha tradução nela. Se você é falante nativo de chinês e vê algo que pode ajudar a melhorar esta tradução, sinta-se à vontade para deixar um comentário mostrando a passagem específica e especificando o que precisa ser modificado.  第一章 /   红海早过了,船在印度洋面上开驶着,但是太阳依然不饶人地迟落早起,侵占去大部分的夜 Capítulo um / O mar vermelho já havia f

Like a virgin, o Brasil cantou: eu estava triste e deprimida, mas você me fez sentir (será?)

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Em meus estudos sobre a China, percebo que questões sobre o papel da mulher nas relações sociais também estão presentes e envolvem ações de diversas mulheres que marcaram momentos históricos, reais ou imaginadas, há anos (para não dizer séculos); muito antes dos movimentos ocidentais dos anos 1960. Eu poderia citar figuras femininas importantes, como Hua Mulan, que surge, segundo alguns historiadores, na Dinastia Wei do Norte (386dC - 557dC) como personagem de uma canção folclórica, 'A Balada de Mulan' e Yim Wing-chun, que é frequentemente citada como a primeira mestra de arte marcial e criadora do estilo Wing-chun de arte marcial chinesa, popularizado principalmente por Bruce Lee na década de 1980. Obviamente, não quero dizer que não existe machismo na China, nem que essas personalidades femininas defendiam pautas feministas como as conhecemos hoje; tampouco que a China é um país diferenciado. Certamente todos os países têm histórias de mulheres que transformaram a sociedade e

Qual será o lado humano da tradução feita por inteligência artificial?

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Paralelamente ao doutorado sobre etnicidade na China, sigo com os estudos de tradução. Em breve postarei mais sobre no site e, se alguém desejar traduzir um texto do mandarim para o português do Brasil, sabendo do meu processo de aprendizado, sinta-se à vontade para entrar em contato. É muito importante que, mesmo com todos os recursos de inteligência artificial disponíveis hoje em dia, se compreenda que nada substitui a tradução humana.  Para além de uma tradução "próxima" do natural feita por IA, a língua passa por todos os processos constantes de transformação cultural, perceptíveis em todas as nuances apenas por um ser humano.  Só uma pessoa se mantém imersa na própria cultura por condição de sua natureza social, sensível a todas essas transformações, que só serão absorvidas pela IA quando estiverem cristalizadas em um padrão característico.  Só que, nesse momento, haverá outras nuances, porque nós somos os protagonistas dessa transformação. A IA nos orienta na regra, mas

Além do Discurso da Extrema-direita: A Emoção Como Ferramenta de Mobilização Social

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Pesquisar a China e, sobretudo, ler como antropólogos chineses pensam a sua sociedade é um aprendizado que transborda a própria pesquisa. É inevitável repensar o que acontece aqui no Brasil. Dentro desse processo, o termo individualismo surge sempre como algo que se contrapõe a um olhar coletivista. Há distorções na interpretação dos dois termos. Individualismo não é a negação dos indivíduos e coletivismo não é, tampouco, a abstenção completa de interesses individuais. Ambos os conceitos dizem respeito, mais do que qualquer teoria, à formação do indivíduo durante o processo de socialização. Durante a construção social da sua própria individualidade e, principalmente, da sua relação com qualquer coletivo. Desde a relação familiar, nos grupos escolares, empresariais, provinciais e a relação com o próprio Estado. O ponto é que precisamos ter consciência de que o individualismo surge como praticamente uma tentativa de negação da sociedade, das próprias relações sociais e do seu caráter int

The Chinese Woman Who Revolutionized Urban Design in Brazil

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Imagine this, a Chinese woman arrives in Brazil and revolutionizes the way people communicate. In 1971, Chu Ming accepts the challenge of creating a protector for public phones that combined beauty and functionality. And thus was born the Orelhão, one of the most recognizable symbols of the Brazilian urban landscape. But did you know that this innovation was created by a woman from China? An incredible and little-known story that deserves to be remembered and celebrated! The sino-Brazilian architect and designer Chu Ming Silveira (born in Shanghai on April 4, 1941 - São Paulo, June 18, 1997) is known as the creator of the public phone booth. She graduated from the Architecture Faculty of the Presbyterian Mackenzie University in 1964 and stood out for her design of the phone protectors, which became icons of Brazilian design and worldwide urban furniture. In her residential projects on the São Paulo coast, especially in Ilha Bela, Chu Ming demonstrated her ability to combine simplicity